Agulha e o Mestre

 

 
   
    Havia um mestre Zen que tinha um discípulo muito fervoroso,  que considerava o seu mestre como um Buda vivo. 
    Um dia este mestre sentou numa agulha e gritou de de dor, "Aiiii", dando um pulo. O discípulo assistindo a cena perdeu imediatamente toda toda fé que havia depositado em seu mestre.  
Saiu dizendo que estava desapontado em descobrir que seu mestre não era totalmente iluminado. Se fosse iluminado não sairia gritando e pulando daquela forma. 
   O mestre ficou triste ao perceber que seu discípulo o deixaria e disse: "Que tristeza! Pobre homem! Se ele ao menos soubesse que na realidade nem eu, nem a agulha, nem o 'ai' jamais existiram".


Texto adaptado do livro: O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, de Sogyal Rinpoche

Comentários

Mallika disse…
amo essa parábolas. Pequenas e profundas.
Obrigada por narrá-las.
Anônimo disse…
Como assim o mestre ficou triste. Como assim "pobre homem". Se o mestre, a agulha e o "aiii" nunca existiram, não deve haver tristeza nem pesar pelo discípulo, pois o discípulo também jamais existiu.

Postagens mais visitadas deste blog

Música de louco?

Um Conto Taoísta

Cadáver Sobre Cadáver