Carta a um discípulo prestes a morrer




Carta a um discípulo prestes a morrer

A essência da tua mente não nasceu, por isso nunca morrerá. Não é uma existência, o que é destrutível. Não é um nada, que é o mero vácuo. Não tem cor nem forma. Não sente prazer nem sofre dores.
Sei que estás doente. Como um bom estudante Zen, enfrentas essa doença com aprumo. Podes não saber quem exactamente está a sofrer, mas pergunta-te a ti mesmo: Qual é a essência desta mente? Pensa unicamente nisto. Não necessitas de mais nada. Não ambiciones nada. O teu fim que não tem fim é como um floco de neve a dissolver-se no ar puro.

Bassui


De "Zen Bones, Zen Flesh: A Collection of Zen and Pre-Zen Writings"

Traduções portuguesas de Margarida Cardoso

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