Automobilismo e Zen?
É uma comparação estranha mas vou arriscar.
A meditação andando (Kinhin) é uma prática bastante utilizada na escola Zen. O objetivo não é a pressa ou alcançar algum lugar externo, é uma caminhada de percepções do próprio corpo e de apurar gradativamente, ou não os vários sentidos.
Observando uma competição de automobilismo, os pilotos e suas equipes fazem praticamente a mesma coisa, claro que com objetivos completamente antagônicos, mas sem dúvida com uma grande disciplina. Não andam; Correm, correm, correm, para não irem a lugar nenhum, não saem do lugar, terminam exatamente onde começaram, testam seus "limites" ao máximo.
Talvez por isto é uma competição com muitos telespectadores. Na inconsciência o que estão assistindo é um Kinhin, (torto é claro), onde a disputa é pela primeira colocação, onde o ego transborda no momento do podiun, o que importa é quem foi o "primeiro"!
Quem sabe, num momento do tédio alguém se lembre que num circulo não há primeiro ou último; Com objetos em movimento o primeiro, meio ou último estão na verdade na mesma posição. Não há vencedores, só participantes.
Dias e dias em círculos.
Imagem de: F1 Brasil Challenge
A meditação andando (Kinhin) é uma prática bastante utilizada na escola Zen. O objetivo não é a pressa ou alcançar algum lugar externo, é uma caminhada de percepções do próprio corpo e de apurar gradativamente, ou não os vários sentidos.
Observando uma competição de automobilismo, os pilotos e suas equipes fazem praticamente a mesma coisa, claro que com objetivos completamente antagônicos, mas sem dúvida com uma grande disciplina. Não andam; Correm, correm, correm, para não irem a lugar nenhum, não saem do lugar, terminam exatamente onde começaram, testam seus "limites" ao máximo.
Talvez por isto é uma competição com muitos telespectadores. Na inconsciência o que estão assistindo é um Kinhin, (torto é claro), onde a disputa é pela primeira colocação, onde o ego transborda no momento do podiun, o que importa é quem foi o "primeiro"!
Quem sabe, num momento do tédio alguém se lembre que num circulo não há primeiro ou último; Com objetos em movimento o primeiro, meio ou último estão na verdade na mesma posição. Não há vencedores, só participantes.
Dias e dias em círculos.
Imagem de: F1 Brasil Challenge
Comentários
Anne
Num mundo físico em que vivemos qualquer análise de liberdade esbarrará em um outro contato, este contato dará ou não "passagem", ou seja este plano no qual acreditamos estar vivos é totalmente limitado. Por mais que eu queira não passarei por uma parede, ou voarei, ou terei convívio com golfinhos dentro d'água.
A iluminação é o ato de não mais vivermos dentro desta limitação.