Alunos X Professores


Conversando com colegas na sala dos professores, surgiu como sempre, o assunto, dos alunos tratarem muito bem os professores fora da sala de aula, fora da escola, Alguns professores chegam a dizer que não são as mesmas pessoas, pois, são amáveis, educados. Existe uma transformação fabulosa assim que alguns alunos colocam os pés dentro da escola. Sem dúvida há uma transformação na forma como se comportam.
Muitos de nossos colegas professores não entendem exatamente a causa de tamanha transformação.
Bem, pelo meu ponto de vista não é uma causa, mas várias, quase intermináveis, tentarei colocar alguns pontos que acho importantes.
Primeiro: Quase nunca o aluno ataca a pessoa do professor, ( sei que é difícil para muitos acreditarem nisto), mas a maioria dos jovens atacam o que ele representa dentro da instituição, ou seja ele não é mal educado com "Fulano ou Beltrano" especificamente, pois se trocarem ou melhor substituírem o professor o "problema" continuará.
Segundo: Nenhum aluno ou professor se escolhem. Quero dizer que para um bom relacionamento humano é preciso ter afinidades, principalmente na educação. Afinidades demandam muito tempo de reconhecimento, ( uma espécie de namoro ), o tempo não é suficiente, ou o professor ministra suas aulas (e é cobrado por isto), ou reconhece e trabalha a parte emotiva de seu educando.
Terceiro: Está relacionado ao segundo. Afetividade, trabalhar a afetividade do profissional e do aluno, para minha visão de mundo é o mais importante, para que uma educação, formal ou não tenha sucesso.
Sem afetividade não há educação.



Voltarei e continuarei nossa conversa, é só o começo.

Comentários

Mallika disse…
Bem ficarei esperando essa sua visão das reaçoes dos nossos alunos.

Agradeço a visita só um historiador poderia compreender os deuses da Terra ou um espiritualista/esotérico.

Seja feliz!
Sei não professor Paulo

Conheço professores que foram atacados fisicamente por alunos.
Difícil nessa hora você acreditar nessa psicologia e perdor isso.
Acho muito fantasiosos.
Prefiro acreditar é que a instituição família está falida e que os adolescentes estão sem limites e o Estado passa a mã na cabeça deles.
Paulo Celso disse…
Minha amiga Maria José, é lógico que o estado está absurdamente errado, é claro que na industrialização a família é destruída criando a massificação dos sentimentos para aumentar o consumo. É óbvio que o professor está completamente abandonado, pois o poder dele é enorme dentro da comunidade e os governos farão de tudo para destruir este poder.
Não é fácil, você mesma diz e reconhece as falhas. Tentar educar alguém que não queira é uma fantasia. O mestre só abre as portas, atravessa-las é uma questão de escolha.
Primeira coisa é a formação deste profissional, ele não é preparado pelas universidades para dar aulas, enfrentar a "burrocracia" e os próprios alunos, eles (os universitários) acham que vão ficar como doutores nas grandes instituições, até caírem nas escolas públicas e levarem o maior susto de suas vidas.
Quando dava aulas na favela do Ipé em SBC e em Heliópolis em SP, via meus colegas totalmente infelizes, e ainda vejo, mas infelizmente não sou uma pessoa romântica, para mim tudo é muito relativo. Quero simplesmente facilitar meu trabalho, não quero "salvar" ninguém. É só um trabalho.
Durante estes 30 anos, 20 em Sampa e 10 aqui no interior, notei que meus colegas se frustravam, (e continuam), pois queriam ajudar pessoas que não aceitavam ajuda.
O nosso sindicato (APEOESP) passa pelo mesmo problema, quer ajudar uma categoria que não quer ajuda. Estranho não acha?
Bem não quero discutir as instituições falidas, já faliram mesmo. Quero enfatizar a empatia das pessoas, conviver com quem a gente escolhe já é difícil imagine conviver sem escolhas, com quem vier e como vier?
Me ajude nesta discussão, traga elementos que nos ajude a entender estes embates, observe, só observe e analise com maior distância este problema. Quem sabe daqui saia uma grande solução, quem sabe?
Anônimo disse…
Olá!!Sobre a sua postagem,em minha opinião educação começa em casa primeiro.Se os pais não fazem a sua parte,e não ensinam seus filhos a repeitar o professor,assim como as outras pessoas em geral,aí fica difícil.Infelizmente,tem gente que acha que educar os filhos é dever somente da escola...
O desrespeito ao professor é enorme,mas também existem as exceções,aqueles alunos que querem realmente aprender.No meu tempo de escola eu sempre admirei meus professores,e os via como pessoas sábias,que estavam ali nos passando seus conhecimentos,sempre com o objetivo de nos acrescentar algo de bom.Só o fato de pensar assim já me fazia ter um grande respeito por eles.
Mas enfim,nem tudo cabe ao professor.Os pais dos alunos tem boa parte da responsabilidade pelo modo como seus filhos agem nas escolas,por isso devem orientá-los.
Abraços! =]
Anônimo disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Celso disse…
Vou mais longe, não só os pais mas toda a sociedade. Uma empresa para contratar um funcionário deveria pedir o histórico escolar. E no histórico deveria constar suas atitudes como liderança, agressividade, ou coisa do gênero.
Apenas paternalismos não resolvem, ao contrário só pioram.
nenhuma empresa que eu conheço dispensa os pais para reuniões de escola. Se forem serão descontados e ameaçados com demissão.
Todo o sistema capitalista brasileiro esta errado no que diz respeito a educação.
Se nem o nosso Patrão, o governo, respeita o trabalho dos professores, imagine, o restante da sociedade de censo comum, que tem como ponto de referência a rede globo.

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