Procurar o Tempo.


Em uma proposta de brincadeira com uma turma de 5ª série. Ficamos de procurar o tempo, onde ele estava? Falei de Salvador Dali e o "derretimento" do tempo. Instigava a molecada de como poderia ser o tempo, tentamos de maneira divertida dar uma identidade à ele, ou uma forma. Rimos tanto que até a diretora apareceu na porta para ver a "bagunça", que tanto incomodava os colegas em outras salas. ( Só não sei se o incomodo era devido nossa passageira felicidade ou o assunto em si?). O que importa é que a viração continuou, e o assunto variava entre o que era gostoso ou não, o que era bom ou mau, oque demorava e oque era rápido. Claro que o beijo, namoro, sorvete, natal, aniversário; ganharam como os mais "rápidos" e a ajudar a mãe fazer faxina, lavar a louça, dentista, esperar ônibus; os mais demorados. Então discutimos como poderia ser rápido ou devagar se o relógio é o mesmo para tudo e em qualquer lugar do mundo. E de uma hora para outra um aluno de dez anos falou: "Eu gosto de jogar bola, começo de manhã e quando vejo minha mãe tá brigando comigo porque tá escuro e eu não fui pra casa, então eu acho, que quando a gente gosta do que faz, a gente não pensa em nada, tudo para, nada incomoda, a gente não pensa em nada, nem na hora, nem dá fome na gente.
- Definitivamente é puro zazen.

Comentários

Anônimo disse…
Definitivamente Paulo, o seu aluno sente o tempo no prazer,e eu na esperança que até hoje tento encontrar! O tempo é muito longo quando a vida ainda não ganhou sentido!

Dedé

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